Artigo de Guilherme André
04-04-2020

Apresentado em 1978, o BMW M1 surpreendeu pelo estilo de Gran Turismo (GT). Contudo, a história começa no início dos anos 70 e mete um fabricante italiano à mistura: a Lamborghini. As duas marcas tinham acordado uma produção conjunta. Contudo, a grave crise que afetou a casa italiana obrigou-os a desistir do projeto. Já, a BMW, com os “planos na mão”, decidiu não desistir e seguiu a solo. De um modo geral, o M1 foi um pesadelo logístico devido à quantidade de “voltas” que teve de dar.

BMW M1 conjuga design italiano com mecânica alemã

Os chassis tubulares e carroçaria em fibra de vidro seguiam para a fábrica da Italdesign para serem montados, isto porque o carro foi desenhado pelo mítico Giorgetto Giugiaro em 1972. Ora, feito este passo, o carro viajava novamente para a Alemanha onde a Baur incorporava o “coração” (motor), bem como os restantes componentes mecânicos. Por fim, todo o processo era terminado na divisão M da BMW.

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Perante esta breve contextualização histórica, voltamos a 1978 para referir que este é o primeiro modelo a receber a designação M. O carácter desportivo desta sigla começou logo no primeiro exemplar. O BMW M1 era impulsionado por um motor central de seis cilindros em linha que gerava 277 cavalos e 330 Nm de binário. Este trabalhava com injeção mecânica, um componente raro para a época. Os valores de potência eram mais do que suficientes, visto que o carro pesava apenas 1300 kg.

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Este modelo deu origem a uma competição própria

Os planos da BMW para este modelo eram realmente ambiciosos. Originalmente planeado para ser utilizado no German Racing Championship, viu tudo ir por “água a baixo” devido ao tempo que demoraram a desenvolver o modelo. Ainda assim, a marca bávara não desistiu de mostrar as capacidades do desportivo e criou uma competição monomarca de luxo. O denominado Troféu Procar, ideia de Jochen Neerpasch, líder da BMW Motorsport naquela época, foi um verdadeiro sucesso.

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As provas eram disputadas na abertura dos Grandes Prémios de Fórmula 1 e, imagine-se, os cinco melhores pilotos da grelha de partida de F1, tinham BMW M1 Procar para participar. Ou seja, havia um conjunto de pilotos fixos, mais os cinco melhores da F1. Isto serviu para dar notoriedade ao evento, principalmente depois de Niki Lauda ter sido o primeiro vencedor desta competição em 1979. No ano seguinte a vitória sorriu a Nelson Piquet.

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Por fim, este é um dos modelos mais acarinhados da marca alemã e percebe-se porquê. Há quem diga que é o “pai” de toda a história de modelos desportivos da BMW, um caminho que se mantém nos dias de hoje. Por agora não há planos para um possível regresso deste nome e, por um lado, ainda bem. Há ícones difíceis de reproduzir e este é, sem dúvida, um deles.

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