Redução do limite orçamental deixa Ferrari a ponderar futuro em Fórmula 1
Com a FIA a reduzir o limite orçamental para 2021, Mattia Binotto, chefe de equipa da Ferrari, diz que podem ter de "procurar outras opções para mostrar o nosso ADN competitivo".
Ontem (22 de abril), demos conta de que a Ferrari está em negociações com Sebastian Vettel para renovar contrato em Fórmula 1. Contudo, parece que a equipa italiana tem outro problema em mãos: a continuidade na prova. Segundo Mattia Binotto, chefe da equipa, a Ferrari vai considerar o futuro em Fórmula 1, caso o orçamento máximo seja reduzido. A pandemia de coronavírus obrigou a FIA a reduzir os limites de 163 milhões de euros 135 milhões em 2021. Esse valor será ainda mais inferior em 2022, na casa dos 121 milhões de euros.
Leia ainda: Corridas de resistência com carros elétricos? Bentley está interessada
Perante tamanho “aperto” de orçamentos, a Ferrari viu-se obrigada a estudar a viabilidade do projeto. “A nova demanda para baixar o orçamento máximo para 135 milhões de euros é mais exigente em comparação com o estabelecido em junho, 160 milhões de euros”, refere Mattia Binotto em entrevista ao The Guardian. “Se ficar ainda mais baixo, talvez isso nos deixe numa posição de procurar outras opções para mostrar o nosso ADN competitivo”, acrescentou. Ainda assim, Binotto tranquilizou os fãs ao garantir que qualquer decisão não será tomada “à pressa”.
Junte-se ao Automundo no Instagram.
Ver essa foto no Instagram
Ferrari acredita que teto orçamental pode ter consequências negativas para a Fórmula 1
Sabe-se que algumas equipas na Fórmula 1 estão a passar uma séria crise devido à pandemia de coronavírus. Inclusive, correm o risco de serem obrigadas a abandonar a competição. Este limite de orçamento iria, segundo a FIA, igualar algumas equipas de modo a ter um campeonato competitivo.
Clique aqui para se juntar ao Automundo no Facebook
Porém, Binotto vê esta medida como algo negativo para a Fórmula 1. “F1 tem de ser o pináculo do desporto motorizado em termos de tecnologia e performance. Tem de ser atrativa para os fabricantes de automóveis e patrocinadores que querem estar ligados à categoria de maior prestígio do mundo. Se nós restringirmos o orçamento de forma excessiva, corremos o risco de reduzir o nível de consideração, ficando mais próximos da Fórmula E”, refere o líder da Ferrari. De referir que a equipa italiana é a única que esteve presente desde o início em 1950 e, ainda hoje, é a formação com mais fãs da competição.