Artigo de João Isaac
20-06-2019

A convite da Toyota, estivemos na apresentação estática do novo GR Supra. O espaço da Toyota na Avenida da República, em Lisboa, foi o local escolhido para este primeiro contacto com o regressado desportivo da marca.

É impossível ficar indiferente ao design da mais recente geração do Supra. Uma combinação de soluções atuais, como a luz traseira central inspirada na Fórmula 1, com elementos que o ligam ao mítico 2000GT. Um bom exemplo disso é a posição recuada do habitáculo, bem como os pilares A negros. No entanto, é ainda mais impressionante ver o GR Supra lado a lado com um A80. A anterior geração do desportivo japonês é um automóvel icónico que marcou e continua a marcar várias gerações de fãs. Com este estatuto, a responsabilidade do novo desportivo da Toyota não é pequena.

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Resultado de uma parceria com a BMW, o novo GR Supra partilha com o Z4 o seu chassis e motor de seis cilindros em linha. Porém, são inúmeras as diferenças que os separam. Desde logo pelo formato de carroçaria. Se a marca alemã aposta num roadster, a Toyota mantém-se fiel ao formato fechado de um coupé. Exteriormente, as soluções estéticas de ambos não podiam ser mais diferentes, sendo o resultado dois automóveis de personalidades muito distintas.

Assim, a Toyota não considera o Z4 como um rival direto do Supra. Aponta-o, sim, a propostas como o Porsche Cayman ou o Alpine A110. O novo GR Supra tem, por exemplo, uma afinação específica de suspensão. Também o mapeamento da caixa automática ZF está mais focado no prazer de condução. O motor 3.0 lt de 340 cavalos e 500 Nm de binário é suficiente para chegar aos 100 km/h em apenas 4,3 segundos, retirando três décimas ao tempo da anterior geração. A velocidade está eletronicamente limitada a 250 km/h.

Focado na dinâmica e no prazer de condução

Relativamente ao chassis, o seu desenvolvimento foi pensado para a máxima eficácia e prazer de condução. Motor dianteiro e tração traseira com diferencial ativo são, desde logo, um excelente cartão de visita. Para além disso, o centro de gravidade é muito baixo. Mais baixo do que, por exemplo, o do GT86.

A rigidez estrutural de referência é idêntica à do Lexus LFA. A distribuição de peso ideal e a relação ótima entre a largura de vias e a distância entre eixos é outro ponto forte. Assim, com estes argumentos, uma aerodinâmica inspirada na competição e com um habitáculo completamente focado no condutor, a experiência de condução do novo GR Supra promete ser única.

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O preço de 81 mil euros pode parecer algo desajustado. Mas considerando a atenção ao detalhe e o extenso desenvolvimento necessário para se atingir um nível de performance de referência, bem como uma lista de equipamento a que é difícil apontar uma falha, tudo começa a fazer sentido. Não só enquanto produto, mas também a abordagem da Toyota ao aliar-se a outra marca a que são facilmente reconhecidas qualidades na construção de automóveis de tração traseira e motores de seis cilindros em linha, configuração essencial para o Supra. Assim, aplauda-se a parceria e, acima de tudo, o muito esperado regresso de tão importante automóvel. Bem-vindo, Supra.

Percorra a galeria e veja as fotos do novo Toyota GR Supra.

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