Artigo de Guilherme André
17-04-2020

Numa altura em que se vivem tempos difíceis para o setor automóvel, devido à pandemia de coronavírus, as vendas caíram abruptamente. Porém, as marcas de luxo podem “fugir” à crise. Mas se vendem menos, como é que isso é possível? Como os carros são bem mais exclusivos, o preço de venda é mais elevado que, por consequência, representa um maior lucro por unidade vendida. Ou seja, vendem menos, mas lucram mais. Isto é exatamente o contrário do que se observa entre as marcas generalistas. O objetivo é vender o maior número possível, mas a preços mais baixos para ser competitivo no mercado, algo que gera menos lucro. Este “jogo de balança” é difícil de dominar, contudo, há marcas que são verdadeiras máquinas de fazer dinheiro e controlam estes dois pontos como ninguém. Nisto, a Ferrari é imbatível.

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O construtor de automóveis de luxo é o mais rentável a nível mundial. Consegue cerca de 86 mil euros de lucro por supercarro vendido. De acordo com um estudo realizado pela Fiat Group World, um portal afeto à marca, a marca garante uma margem operacional de 23,6% por carro. Este valor é de tal maneira espantoso que os analistas da Car Industry Analysis decidiram realizar uma tabela para mostrar as diferenças face ao restante mercado.

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Ferrari bateu recordes de vendas em 2019

A BMW precisava de vender 30 carros para conseguir a mesma margem de lucro que a Ferrari consegue com apenas 1 supercarro. No último lugar da lista surge a Nissan. A marca nipónica teria de vender 926 veículos para conseguir o mesmo lucro da Ferrari. Estes números impressionantes mostram que a marca do Cavallino Rampante é “campeã” no que toca a lucros. Segundo o mesmo portal, isto deve-se à adoção de novas tecnologias e estratégias de marketing inovadoras. Como se isso não bastasse, em 2019 foi o primeiro ano que superaram a barreira das 10 mil unidades entregues. Ou seja, uma receita líquida de 3.766 milhões de euros, um crescimento de 10,1% face a 2018.

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