Artigo de João Isaac
07-10-2019

O veículo elétrico está a ser o grande protagonista da transição energética no setor automóvel. Uma prova disso é o crescimento de 58% das vendas mundiais no primeiro semestre de 2019. Mas com estas grandes mudanças, vêm também as perguntas e as incertezas sobre esta nova realidade. Assim, a Seat divulgou um pequeno guia que procura responder às principais perguntas que surgem junto dos utilizadores.

Quais os tipos de automóveis elétricos?

De uma forma geral, são três os tipos de veículos elétricos movidos com recurso à eletricidade. O híbrido possui dois propulsores, um motor de combustão, que assume o papel principal, e um elétrico alimentado por uma bateria que é, por sua vez, recarregada pelo próprio motor durante as desacelerações. Já o híbrido plug-in distingue-se pela possibilidade de carregar a bateria diretamente através de uma tomada elétrica.

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Por último, o veículo 100% elétrico tem propulsão que é exclusivamente da responsabilidade de um motor elétrico e a recarga da bateria é também feita através de uma tomada de eletricidade. Segundo a Comissão Europeia, em 2030 as vendas de automóveis com emissões reduzidas – abaixo de 50 gramas CO2 por quilómetro – vão representar cerca de 40% do valor total. Para 2025 o objetivo é 20%.

Onde podem ser recarregados?

Existem pontos de carga públicos e privados. Qualquer pessoa pode instalar um ponto de carga na sua garagem, desde que instalado por um profissional credenciado. Assim, calcula-se que 70% das recargas sejam feitas no domicílio ou no trabalho. Para carregar a bateria na estrada, a rede de carregamento continua a expandir-se. A União Europeia conta com cerca de 100 mil pontos de carregamento e prevê-se que em 2025 se atinjam os 2 milhões de estações de carga.

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O tempo de recarga tem vindo a ser reduzido. O Seat el-Born, por exemplo, dispõe de uma autonomia de 420 quilómetros após um tempo de carga de 47 minutos. Com a chegada dos postos de carga ultrarrápidos, o tempo de espera desce para apenas dez minutos. Para 2020 está prevista uma rede com 400 pontos de carga rápida (350 kW), instalados a cada 120 quilómetros para facilitar as viagens longas.

Qual a autonomia média?

O valor médio de autonomia está entre os 200 e os 400 quilómetros. Mas tomando novamente como exemplo o novo el-Born, a autonomia chega a 420 quilómetros. No entanto, este valor depende do tipo de utilização que se dá ao automóvel, uma vez que os elétricos consomem menos nos trajetos urbanos.

“Neste momento está a ser preparada uma gama de produtos que nos permitirá escolher a autonomia em função da utilização prevista para o veículo, o que significa que haverá a opção por diversos níveis de capacidade de bateria de forma a responder às necessidades de todo o tipo de utilizadores”, esclarece Josep Bons, responsável pelo desenvolvimento elétrico e eletrónico da Seat. A marca espanhola vai lançar no mercado seis novos modelos elétricos e híbridos plug-in até ao início de 2021.

O automóvel elétrico tem emissões zero?

As emissões zero locais são consideradas do ponto de vista do próprio veículo. Para além disso, também é mais sustentável se for considerado o ciclo de vida global da viatura: entre 17 e 30% de redução das emissões, dependendo se comparado com um veículo Diesel ou a gasolina. “E se, além disso, a bateria for recarregada com energia de origem sustentável, como a eólica ou solar, as emissões serão quase 90% inferiores às de um veículo convencional ao longo de todo o seu ciclo de vida”, sublinha Bons.

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De forma a incentivar a compra de veículos sem emissões locais estão a ser aplicadas diversas medidas na Europa. Na Noruega, por exemplo, há uma redução direta nos impostos na aquisição de um elétrico. São diversos os países que dispõem de incentivos à compra e são igualmente muitas as cidades europeias que oferecem vantagens para os utilizadores de automóveis elétricos. São disso exemplo o estacionamento e portagens gratuitas, bem como faixas de circulação específicas.

O custo é superior ao de um automóvel convencional?

A tendência é que os elétricos fiquem cada vez mais acessíveis. A Seat e o Grupo Volkswagen assumem o compromisso de produzir elétricos para milhões e não para milionários. O avanço tecnológico é o maior responsável pela redução dos preços dos carros elétricos. Só o custo das baterias caiu 80% nos últimos dez anos.

É igualmente importante considerar o preço mais baixo da eletricidade comparativamente à gasolina e ao gasóleo. A experiência diz também que os custos de manutenção de um elétrico representam apenas um terço daqueles inerentes a um automóvel com propulsão convencional.

Percorra a galeria e veja as fotos de alguns dos modelos elétricos da Seat.

Fotos: Seat

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