Citroën DS, a verdadeira deusa do mundo automóvel

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Citroën DS, a verdadeira deusa do mundo automóvel

Diz a história que em apenas 24 horas após a sua apresentação foram reservadas cerca de 12 mil unidades. Elegante e, ao mesmo tempo, futurista, o DS goza atualmente de uma reputação de que poucos automóveis clássicos se podem gabar.

Artigo de João Isaac

29-11-2019

O Citroën DS é, para muitos, um dos mais belos automóveis de todos os tempos. Foi apresentado no salão de Paris de 1955 e rapidamente conquistou uma enorme legião de fãs principalmente devido às suas irresistíveis linhas de carroçaria. Neste aspeto, o nome DS assenta-lhe que nem uma luva. Déesse, em francês, significa deusa.

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Diz a história que em apenas 24 horas após a sua apresentação foram reservadas cerca de 12 mil unidades. Elegante e, ao mesmo tempo, futurista, o DS goza atualmente de uma reputação de que poucos automóveis clássicos se podem gabar. Estava também disponível em formato break, a Familiale, e ainda numa exclusiva versão cabrio, produzida na Chapron.

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Desejado por muitos, mas atualmente conduzido por poucos, o DS foi igualmente um automóvel inovador do ponto de vista tecnológico. Introduziu, por exemplo, a função de faróis direcionais e estabeleceu novos padrões ao nível do conforto e da dinâmica, colocando a concorrência sob pressão. Isto ficou a dever-se à avançada suspensão hidropneumática, que tinha também a habilidade de manter sempre o DS nivelado.

O DS venceu corridas e também salvou vidas

Imaginar o DS como veículo de competição é difícil. No entanto, visto ser um fiável e resistente automóvel, o DS provou ser um grande carro de ralis, tendo atingido a sua primeira vitória no Rali de Monte Carlo de 1959. Dez anos depois, pelas mãos de Francisco Romãozinho, o icónico modelo da Citroën venceu igualmente o Rali de Portugal.

O DS ficou para a história como o automóvel que protegeu Charles de Gaulle. Vítima de um atentado em plenos subúrbios parisienses, de Gaulle e a sua esposa escaparam ilesos às rajadas de tiros de um grupo terrorista graças à resistência do DS que servia o Palácio do Eliseu, ainda que este não fosse blindado. O DS presidencial sofreu graves danos nas rodas mas a suspensão hidropneumática ajudou a que escapassem ilesos do ataque.

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O DS está prestes a entrar na terceira idade mas mantém intacta a sua reputação de inovação e de ícone do design. É um dos automóveis mais importantes da história e igualmente um dos clássicos mais desejados. O mercado de usados nacional dispõe de vários DS com preços que oscilam entre os 15 e os 30 mil euros.