Artigo de Guilherme André
13-12-2019

Para o mercado europeu, o Porsche Taycan Turbo tem uma autonomia sob o ciclo WLTP entre os 381 e os 450 km. No entanto, os mais recentes resultados dos testes EPA, um método utilizado para o mercado norte-americano, idêntico ao WLTP, mostra que a autonomia está longe destes valores.

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Em primeiro lugar, a Porsche realizou os próprios cálculos, de acordo com esta norma americana, e determinou que o Porsche Taycan Turbo iria ter uma autonomia de 442 km, valor esse que foi dito aos clientes quando abriu o período de encomendas. No entanto, este valor pareceu elevado, algo que se veio agora a confirmar. De acordo com os testes realizados pela própria EPA, o Porsche Taycan Turbo tem afinal uma autonomia de 201 milhas, ou seja, 323 km de autonomia, um valor bastante inferior ao que anunciaram aos potenciais compradores.

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A Porsche já reagiu e explicou o porquê dos valores serem tão distantes. “Nós pedimos à AMCI para fazer os testes antecipadamente”, declarou Calvin Kim, uma pessoa ligada à Porsche, ao Motor1. A AMCI é uma empresa independente de testes a automóveis com mais de 35 anos. “Nós não sabiamos exatamente quanto o carro ia ter e não queríamos estar naquela posição. Assim, contratámos uma empresa para obter esse número para compreendermos o desempenho no mundo real”, terminou. 

Como fica o Porsche Taycan Turbo no mercado?

Como irão os clientes reagir a este facto? É que fazendo uma pequena análise de alguns elétricos do mercado, o Taycan desce vários furos na tabela no que diz respeito a autonomia. Por exemplo, o SUV Audi e-tron declara 328 km, um valor que, tal como noticiamos, vai subir através de uma atualização. Para além disso, há também o Jaguar I-Pace (376 km) e o grande rival, Tesla Model S Performance com 560 km. Por fim, de relembrar que o Porsche Taycan está atrasado, já que as vendas estavam previstas para o início de 2020, mas foram adiadas para o verão.

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